IFSUL - Instituto Federal Sul-Rio-grandense

Três instituições distantes geograficamente, mas unidas em torno de uma proposta: a formação de profissionais aptos a atuarem na área do restauro e da conservação do patrimônio edificado. Essa é a missão assumida em conjunto pelos Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul),  Instituto Federal Minas Gerais (IFMG) e Conselho de Educação Técnico Profissional – Universidade do Trabalho do Uruguai (CETP-UTU).

Já em andamento e financiado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o projeto  está sendo executado graças a um convênio firmado com a  Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC).  A iniciativa  nasceu do fato de os dois institutos e a UTU estarem situados em regiões que possuem um rico patrimônio histórico edificado e já vêm desenvolvendo ações para a formação profissional nessa área.

“Cada uma das instituições tem especificidades e potencial condição para agregar qualidade ao trabalho desenvolvido pelas demais”, observa a coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauro de Patrimônio Arquitetônico (Nucor) do campus Pelotas, Gisela Lange do Amaral.

Gisela explica que o IFSul tem experiências construídas através dos cursos básicos que já ofertou, bem como do curso técnico em Execução, Conservação e Restauro de Edificações destinado a jovens e adultos (Proeja), que teve início neste ano. O IFMG disponibiliza sua experiência em um curso superior de Tecnologia em Conservação e Restauro, desenvolvido por professores de seu quadro permanente, com formação específica e qualificada.  Já a UTU tem importante trabalho em formação profissional para o restauro de elementos em madeira; conhecimento que as demais instituições não possuem.

“O IFSul vê nesta parceria uma alternativa para avançar em seu projeto de atender às demandas de formação da comunidade, compensando as dificuldades causadas pela carência de professores qualificados. O IFMG, por sua vez, tem interesse em construir propostas de curso voltado a jovens e adultos, e as duas instituições têm interesse na experiência uruguaia com o trabalho sobre a madeira”, observa Gisela.

Início das atividades

A primeira fase do projeto consiste em atividades de reconhecimento mútuo entre os institutos e a UTU, por isso, começaram a ser realizadas reuniões nas cidades onde estão localizadas as instituições. O objetivo é fazer-se um levantamento das demandas e potencialidades de cada uma.

A primeira reunião foi realizada no mês passado, em Ouro Preto (MG). De acordo com Gisela, foi possível conhecer também o trabalho de outras instituições  do Estado que têm experiência na formação profissional e conservação do patrimônio.

Ela conta que foram levantadas possibilidades de trabalho, como formação integrada de docentes, intercâmbio de professores e alunos, suporte à elaboração de projetos pedagógicos para cursos nessa área e pesquisas a serem realizadas em parceria.

A coordenadora destaca que esse projeto não é mais um “conjunto de intenções” em busca de benefícios futuros às instituições. “O encontro de Ouro Preto já possibilitou importante troca de experiências. O empenho, a determinação e o entrosamento das equipes são a garantia da continuidade com êxito”, afirma.

As próximas reuniões serão realizadas em Montevidéu, no Uruguai, entre os dias 12 e 16 de dezembro, e em Pelotas, em data ainda a ser definida.